"É natural que o país com a maior população do planeta tenha a mais longa linha férrea destinada a um trem-bala. Depois de 39 meses de trabalho, a China inaugurou, na semana passada, 1.318 km da estrada de ferro que liga Pequim a Xangai, um investimento de U$ 33,9 bilhões (para comparar: o trem-bala brasileiro, com 500 km de extensão, deve custar U$ 19 bilhões). A viagem é feita em menos de cinco horas, a uma velocidade de 300 km/h. O trem-bala chinês tem capacidade para transportar 80 milhões de passageiros por ano." Fonte Rev. Dinheiro 06//Jul/11.
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É incompreensível como no Brasil temos a capacidade de exigir com veemência resultados no mundo esportivo (a exemplo do futebol e Fórmula 1) e não temos o mesmo ou maior grau de exigência no tocante a infraestrutura que nosso país disponibiliza para escoar produção ou gerar bem-estar e segurança a seus usuários. As prioridades andam na contra-mão. Se de um lado estamos desenhando estádios superestruturados para receber a Copa de 2014 (alguns deles que após o show mundial ficarão à mercê de recursos para manutenção), de outros temos aeroportos com obras em atraso e que, após concluídos já estarão em defasagem de atendimento, rodovias com obras embargadas por falta de controle e monitoramento de gastos (a exemplo da BR 101 trecho Sul) e com manutenção de rodagem e sinalização precária.
Está na hora de elevarmos a voz para o que realmente faz diferença. Está na hora de nos sensibilizarmos para exigir de nossos governantes posturas mais ágeis e condizentes com os cargos que ocupam.